SOBRE GHOSTING: reflexão de final de ano…

Se tivesse de adivinhar o fim da maioria das minhas aventuras românticas que nascem no online eu apostava as minhas nudes em que fiquei com cara feia num ghost, seja ele de meses, semanas ou para sempre.

Porto Editora – ghosting no Dicionário infopédia da Língua Portuguesa [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2022-12-28 21:28:46]. Disponível em https://www.infopedia.pt/dicionarios/lingua-portuguesa/ghosting

Porto Editora – ghosting no Dicionário infopédia da Língua Portuguesa [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2022-12-28 21:28:46]. Disponível aqui.


É comum se falar de graça de como vivemos num tempo em que o sexo e o amor estão a distância de alguns cliques, não é tão fácil é dizer-se o que se faz com toda a rejeição, superficialidade e indiferença que também faz parte desta cultura de dating automático.

O que fazemos com as inseguranças relacionais e a pressão que levamos de nós para o outro?

Não acho que esta era seja fácil para os que gostam de amar acho só que estar disponível passou a ser automatizado e sermos capazes de nos entregarmos passou a ser um desafio.

Há uma tendência clara para procurar prazer e fugir á dor e neste ponto o online é a moleta perfeita para adiar ou cancelar confrontos com realidades que não queremos lidar: um não abrir a mensagem, um visto, um bloque, um like passado uns meses, ou uma indireta gelada.

É muito fácil adiar o outro no online o que não é nada fácil é ser adiado e ficar-se num mar de incertezas sobre nós e o outro. Paras todes aqueles que procuram atenção íntima através dos portais online e levam uns socos na autoestima pelo caminho, vocês não são chates, acreditem não foi pessoal foi geraciona!

Nesta reflexão que vos deixo no fim do ano fica também o meu voto de coragem para que mais que nunca sejamos honestos connosco e com o outro, traduzindo sentimentos e comunicando-os mesmo que o feedback não seja agradável.

É egoísta da nossa parte querermo-nos comunicar unicamente por ações e/ou reações, se ao contrário connosco também não resulta! É necessário sermos conscientes de que temos responsabilidade afetiva sobre nós e sobre o outro e isso reflete-se na maneira como expomos os nossos desejos, preocupações, limites. Não devemos ter receio de falar com o outro por medo de parecer vulnerável por mais mal vistos que os testamentos possam ser nos dias que correm.

A comunicação é a chave de construção e desconstrução de relações partilhadas e todes somos merecedores dela <3

Boas festas criatives !

Por CRSex

a celebrar a sexualidade

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