Quando fecha os olhos e pensa em lingerie qual o primeiro material que lhe apetece sentir?
Embarquemos neste universo tão íntimo e luxuoso que é o vestuário erótico.
Mas antes, duas breves considerações:
- Com este artigo não se pretende estabelecer fronteira entre a lingerie mais comumente vendida e o chamado “vestuário fetichista “(Látex, Máscaras, chokers…). Até porque nos dias que correm o erótico deixou de ter todo esse cuidado fronteiriço que tinha antes;
- Dizer também que reconhecemos o prazer de não usar cueca. No entanto aqui queremos uma espécie de ode bloguista ao efeito empoderador que reside no ato de nos fantasiarmos intimamente.
Estas são as peças que levamos mais próximas da pele e que a ela se ajustam como se de nós fizessem parte. São “O “detalhe que melhor guarda o nosso cheiro como a tecnologia ainda não é capaz de fazer. Estas peças são desde sempre imaginadas para trazer coragem, motivar fantasias e mais recentemente para possibilitar uma expressão mais profunda e mais expansiva do core individual.
A intimidade é um estado de consciência individual que move e permite a aproximação ao desconhecido. E a magia da roupa interior está também na possibilidade de nos decorarmos além das máscaras sociais do costume e mais em contacto com o nosso universo interior.
É por isso vazio diminuir o vestuário erótico a uma ferramenta de provocação associada a prática sexual.
O gosto e o uso destes acessórios não dependem de uma motivação sexual ou fetichista. Essa motivação pode de outro modo existir e é inegável o valor que o vestuário tem para sexualidade e que ao contrário a sexualidade também tem para o vestuário.
A riqueza do vestuário erótico traduz-se sim na sua progressiva adaptação e na resistência ao pudor social . E hoje, mais que nunca, estas peças ilustram mudanças de atitude geracionais para com as concepções de identidades e corpos.
Assistimos atualmente a um boom desta “roupa de ser“que ganha mais espaço social. Nota-se uma reclamação do erótico, uma urgência na participação ativa na cultura inclusiva e sex positive e uma fresca ressignificação da feminilidade e masculinidade.
Como assim ressignificação da masculinidade?
Nos últimos três anos nos Estados Unidos surgiu um foco na lingerie masculina que assim saiu do seu pequeno espacinho da sex shop e chegou orgulhosamente aos centros comerciais. É o caso da LeaK NYC, Savage X Fenty entre outras marcas que de um modo bem querer, adaptaram a sua coleção a todos os corpos, esgotando-a e recordando que todos merecemos experienciar a nossa sensualidade e criatividade erótica.
Também nos últimos três anos peças sem género como corpetes, harnesses, catsuits, calções vêm a conquistar mais espaço e popularidade.
Então e você, meias de renda ou de rede? Body ou catsuits? Cuecas com mensagem sexy ou com pérolas? Seda ou algodão? Já experimentou tapa-mamilos? Qual a peça de vestuário erótica que mais admira e qual a sua opinião sobre lingerie masculina?
Então e você, meias de renda ou de rede? Body ou catsuits? Cuecas com mensagem?
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